O setor industrial representava tradicionalmente a maior percentagem de consumo energético, muito à frente das edificações e serviços. Atualmente, este primeiro posto é ocupado pelos transportes por diversos motivos, entre os quais se destacam a implantação de medidas de poupança e eficiência energéticanas indústrias e a otimização dos processos industriais.
A União Europeia, na sua Diretiva 2012/27/UE de eficiência energética, estabelece os objetivos em matéria de poupança energética para o ano 2020, pelo que os países membros devem implementar medidas com a finalidade de cumprir os referidos objetivos.
A eficiência energética tem um papel fundamental nas decisões tomadas no setor industrial, já que disso dependem os seus benefícios económicos e a competitividade no mercado internacional. O setor industrial, devido à sua segunda posição no ranking de consumo energético por setores, tem um papel fundamental na hora de promover práticas que impliquem um menor consumo de energia, já que com a eficiência energética se apresentam múltiplos cenários para conseguir reduzir o consumo.
Exemplo disso é a alteração de alguns hábitos de consumo e a gestão dos equipamentos básicos existentes nas empresas, sem necessidade de alterar a qualidade e bem estar das mesmas, conseguindo com isso uma potencial poupança energética.
A atual crise económica e de consciencialização sobre o impacto ambiental da atividade humana, torna indispensável a necessidade de redução dos custos associados ao fornecimento energético, mediante uma utilização ótimo de energia, assim como a introdução de fontes de energia renováveis.
As indústrias podem obter grandes benefícios como resultado de implementar políticas de controlo energético eintroduzir inovações baseando-se em novas metodologias de trabalho ou investindo em equipamentos energeticamente eficientes. Identificar as debilidades energéticas e tentar corrigi-las, conseguindo a maior poupança energética possível e tendo como resultado a economia de custos, melhoria e otimização dos processos e no aumento da vida útil das instalações.
Tudo isto se traduz numa poupança energética que oscila entre 10% e 35%, destacando-se que o custo de implementação de um projeto de eficiência energética é muito menor que a poupança económica gerada.
Uma instalação industrial energeticamente eficiente e com respeito pelo meio ambiente, para além da poupança económica que leva associada, consegue contribuir para a Sustentabilidade do Planeta, reduzindo as emissões de CO2 e outros contaminantes da atmosfera e por outro lado melhorar a imagem corporativa da empresa, um valor acrescentado de que poucas empresas se podem orgulhar. Por outro lado, contribui para reduzir a dependência energética do exterior.
A seguir são indicadas as medidas suscetíveis de serem implantadas numa instalação industrial e osbenefícios associados:
- Incremento da eficiência energética da instalação, com a qual se conseguem importantes poupanças no fornecimento energético.
- Otimização do consumo de energia, com o que se consegue uma redução do custo associado.
- Nas instalações existe uma multiplicidade de equipamentos que, devido à sua antiguidade ou à ausência de um plano de manutenção tem associados um elevado consumo de energia, que na maior parte dos casos não setem em consideração no momento da quantificação dos custos.
- Assegurando que os equipamentos da instalação trabalham em condições eficientes de rendimento, consegue-se alargar a vida útil dos mesmos e portanto atrasar a necessidade de investir numa máquina nova.
- Com um correto dimensionamento de equipamentos e sobrecargas consegue-se uma poupança energética digna de ter emconta.